sábado, 22 de outubro de 2011

CARITAS CHRISTI URGET NOS



“O amor de Cristo nos impele”. Querendo escrever sobre o Beato João Paulo II, não encontrei frase melhor do que essa, retirada da segunda carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5, 14), para falar sobre a vida desse homem excepcional. Serão palavras breves, sem pretensão de profundidade, apenas de gratidão.


Em sua vida, conheceu de perto os horrores da 2ª Guerra Mundial, especialmente os praticados pelo regime Nazista, viu a miséria da humanidade e o que a ausência de Deus faz a ela. Após, viu-se cerceado pela falsa liberdade oferecida pelo regime Comunista da então União Soviética. Contudo, nunca perdeu a esperança cristã, pois sabia que quem não espera acaba desesperando, como muitos fizeram, tomando assim caminhos errados e ineficazes na resistência aos regimes totalitários (leia-se Nazismo e Comunismo), responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas.


Ao contrário de muitos, sua “arma” era uma só, a mais poderosa de todas, contra a qual não há defesas, o amor de Cristo, que o impeliu a entregar sua vida à humanidade. Tornando-se sacerdote da Santa Igreja Católica, ofereceu-se como caminho a ser pisado pelos homens para que se aproximassem e conhecessem o amor de Deus, afinal, o padre é um homem para os outros homens.

Mostrou a todos, sem distinção de religião ou crença, a força do Amor, com “a” maiúsculo, viveu aquilo sobre o que Santa Teresinha do Menino Jesus nos falava: “que tudo vençamos pelo amor”, e venceu, quebrou barreiras, atingiu até aqueles ferrenhos críticos da Igreja Católica, levou ao mundo o Cristo vivo e ressuscitado.

Deixou uma grande obra filosófica e teológica, através da qual defendeu a dignidade de cada ser humano, pois imagem e semelhança de Deus; como exemplo, basta conhecer as catequeses sobre a Teologia do Corpo, convidando-nos a um novo olhar sobre a sexualidade humana, apresentada como possibilidade de ser reflexo do amor de Deus, integrada ao ser por completo. Presenteou-nos ainda com muitas outras catequeses, entre as quais destaco as que tratam sobre Nossa Senhora e sobre a Igreja.

Encerro esse curto texto com as palavras do Papa Bento XVI, durante a homilia proferida na missa de beatificação de João Paulo II:  “enunciou na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro, com estas palavras memoráveis: "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!". Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem.”

Obrigado, Beato João Paulo II. Pedimos a tua intercessão, para que aprendamos a, também nós, tudo vencermos pelo amor.

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